Imagen post

Como avaliar se o tratamento medicamentoso para Hiperplasia Prostática Benigna esta sendo efetivo?


A hiperplasia prostática benigna -HPB (ou crescimento benigno da próstata) é uma doença muito comum que atinge mais de metade dos homens com mais de 50 anos de idade. Na maioria dos homens o uso e medicamentos que reduzem o volume e a contração da próstata é o tratamento de escolha. Mas, como podemos saber se a doença está progredindo e se precisamos de lançar mão de outras terapias para desobstrução da via urinária?

É racional pensarmos que, se temos uma mudança do padrão miccional, com aumento das micções noturnas (2 ou mais vezes), diminuição da força do jato urinário ou mesmo sensação de esvaziamento incompleto, podemos estar diante de um paciente refratário a terapia medicamentosa. No entanto, muitas vezes a evolução destes sintomas é tão lenta que o homem pode não relatar isso ao médico por achar que é normal pela idade, estando sua via urinária obstruída e prejudicando bexiga e até os rins.
Por isso, durante o seguimento de homens com HPB fazemos exames periódicos que avaliam fatores anatômicos e funcionais que nos mostram sinais do grau de obstrução.

O ultrassom de rins, vias urinárias e próstata é um exame de grande valia, pois nele podemos além de ter uma estimativa do volume da próstata identificar fatores anatômicos sugestivos de obstrução ( espessamento da parede vesical, divertículos vesicais, bexiga de paredes trabeculadas e cálculos vesicais) além de ter uma avaliação de como esta o funcionamento do trato urinário inferior através da medida do resíduo pós miccional (quantidade de urina que permanece na bexiga após a micção) e de hidronefrose (dilatação dos ureteres e dos rins em casos graves de incapacidade de urinar).

Além do ultrassom costumamos fazer uso da Urofluxometria, um exame não invasivo em que o paciente, com a bexiga confortavelmente cheia, precisa urinar em um recipiente com uma balança que mede a força do jato de urina. Isso gera um gráfico que nos traz informações se o padrão miccional está adequado ou não. Casos em que o fluxo de urina se encontra reduzido podem estar relacionados a obstruções urinárias ou diminuição da capacidade de contração da bexiga.

Os exames laboratoriais também são de grande valia. Com eles conseguimos ver se os rins estão conseguindo filtrar adequadamente e se existe algum quadro de infecção que possa estar piorando os sintomas urinários.

Portanto se você está fazendo tratamento para HPB não deixe de consultar regularmente seu urologista para uma avaliação criteriosa das melhores opções de tratamento para o seu caso.